sexta-feira, 18 de julho de 2014

Ucrânia Recupera 181 Corpos do Voo MH17 da Malaysia Airlines



 Equipes de resgate recuperaram ao menos 181 corpos até o momento no local da queda do avião da Malásia no leste da Ucrânia, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores ucraniano em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (18).
O Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido na quinta-feira por um míssil terra-arperto da fronteira com a Rússia, sobre uma região com combates desde abril entre separatistas pró-Moscou e forças do governo ucraniano. Todos os 298 passageiros a bordo morreram.
Andriy Sibiga disse que os corpos seriam transportados provavelmente para a cidade próxima de Kharkiv, que está sob controle do governo central, de Kiev.
Ao todo, eram 283 passageiros --sendo três crianças-- mais 15 tripulantes. Entre as nacionalidades, estavam 189 holandeses, 44 malasianos (sendo 15 da tripulação mais duas crianças), 27 australianos, 12 indonésios (sendo uma criança), nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense, um neozelandês e um chinês de Hong Kong. Outros 4 passageiros ainda não tiveram a nacionalidade divulgada. Anteriormente, o número de vítimas divulgado foi de 295.
O voo MH17 ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e voava a 10 mil metros quando caiu. O voo teria duração de 11h55 minutos e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros. A Malaysia Airlines perdeu contato com a aeronave às 11h15 (horário de Brasília), e que sua última posição foi registrada no espaço aéreo ucraniano, a 30 km de Tamak.
Equipes de resgate encontraram nesta sexta a segunda caixa-preta da aeronave da Malaysia Airlines. Na quinta-feira, separatistas pró-russos já haviam encontrado a outra caixa-preta e enviado os registros para Moscou, segundo a agência de notícias Interfax.
Os separatistas concordaram em prestar assistência aos peritos que investigam a queda do avião e vão garantir acesso seguro aos especialistas internacionais que se dirigem ao local, disse a Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE).
A companhia aérea ainda não divulgou a lista dos passageiros porque ainda não contatou todos os familiares.
Meios de imprensa locais informaram nesta sexta que pelo menos 100 delegados, pesquisadores e ativistas que iam participar de uma conferência internacional sobre Aids na Austrália viajavam no MH17.
A conferência Aids 2014 começaria no domingo, em Melbourne, na Austrália.Os organizadores afirmaram que ainda não têm como confirmar quantos delegados estavam no avião.
Um dos mais proeminentes participantes era Joep lange, chefe do Departamento de Saúde Global da Universidade de Amsterdã e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids. Lange trabalhava para combater o HIV desde o início da doença. Sua mulher também estaria no voo.
ambém estava a bordo Glenn Raymond Thomas, porta-voz na Suíça da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", o ativista holandês Pim de Kuijer também viajava para conferência, a bordo do MH17.
"Não se confirmou ainda mas temos informação que muitos de nossos colegas e amigos estavam a bordo do avião", disse Françoise Barre-Sinousi, Prêmio Nobel em 2008 por seu papel no descobrimento do HIV e co-presidente da conferência.

Separatistas Pró-Rússia Teriam Derrubado Avião Malaio Por Engano

Os separatistas pró-Moscou teriam derrubado o avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia após confundi-lo com um aparelho militar ucraniano, indicam vários elementos publicados nos sites dos rebeldes e interceptados pelos serviços de segurança de Kiev.
"O ministro da Defesa" dos separatistas, Igor Strelkov, informou em sua página do Vkontakte (Facebook russo) que os rebeldes derrubaram um avião de transporte militar ucraniano An-26 no mesmo horário e região da queda do Boeing-777 malaio, com 298 pessoas a bordo.
Strelkok publicou em seu site um vídeo da coluna de fumaça produzida logo após a queda do avião, que corresponde ao impacto do Boeing malaio no solo exibido no Facebook.
"Abatemos um An-26 próximo a Snijné", escreveu às 13H37 GMT (10H37 Brasília) Igor Strelkov, cidadão russo apresentado pelos serviços ucranianos como um coronel da Inteligência militar.
Snijné está situada na mesma zona onde o avião da Malaysia Airlines foi abatido, sob o controle dos rebeldes pró-Moscou, por volta das 13H20 GMT.
Um An-26, avião de transporte ucraniano, foi derrubado pelos rebeldes no dia 14 de junho, provocando a morte de 49 militares, no ataque mais fatal contra as forças ucranianas desde o início de suas operações no leste, em meados de abril.
O Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) publicou na noite desta quinta-feira a transcrição de um diálogo entre dois líderes rebeldes após o incidente com o Boeing.

- "Foi o pessoal do posto de Tchernoukhine que derrubou o avião. Ele se desintegrou no ar, Major".

- "E agora, Grek"?
- "Era um avião civil, 100%" (...).
- "Não tinha armas"?
- "Não, apenas civis".
- "Há documentos?"
- "Sim, tem um, de um estudante indonésio".

Igor Strelkov não informou nas redes sociais como o avião foi derrubado a uma altitude de 10 mil metros, mas em uma mensagem na conta oficial no Twitter da "República Popular de Donetsk" - que foi posteriormente retirada - os rebeldes afirmam ter capturado uma "bateria ucraniana de A1402", mísseis terra-ar capazes de atingir alvos a 25 km de altitude.
Horas após o incidente, o porta-voz militar ucraniano Andriï Lyssenko disse que os rebeldes baseados em Snijné têm sistemas Bouk "destinados a abater aviões e helicópteros à pequena e média altitudes".
Os rebeldes pró-Moscou afirmam que o avião malaio foi derrubado pelas forças armadas ucranianas e denunciaram uma "provocação".
Um oficial dos Estados Unidos, que pediu para não ser identificado, disse que um míssil terra-ar derrubou o avião, mas não pôde precisar se o disparo partiu dos separatistas pró-Moscou na Ucrânia, de tropas russas na fronteira ou de forças do governo ucraniano.



Fonte: Uol

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